Orientação aos representantes pelas Plenárias Municipais sobre a campanha “Elas Ficam”

A Executiva Nacional do PSOL, em sua última reunião em julho, aprovou a promoção de uma campanha nacional de solidariedade às seis parlamentares perseguidas pela extrema-direita. Desse modo orienta que:

– Todas as plenárias municipais do 8º Congresso do PSOL devem fazer menção à perseguição política que nossas parlamentares são alvo e orientar as filiadas e filiados à se engajarem na campanha nas redes e ruas.

Sobre a perseguição

Um processo de perseguição política promovido por expoentes do bolsonarismo e dos ruralistas na Câmara dos Deputados tem feito tramitar, em tempo recorde, pedidos de cassação dos mandatos de seis parlamentares de esquerda: Célia Xakriabá (PSOL-MG), Fernanda Melchionna (PSOL-RS), Sâmia Bomfim (PSOL-SP), Talíria Petrone (PSOL-RJ), Érika Kokay (PT-DF) e Juliana Cardoso (PT-SP).

As deputadas foram alvo de uma representação apresentada pela bancada do PL, que classificou como quebra de decoro o uso por parte delas do termo “assassinos” para se referir aos parlamentares que defenderam o projeto de lei que estabelece o “Marco Temporal” das terras indígenas, aprovado neste ano na Câmara.

As representações contra elas foram analisadas em tempo recorde no Conselho de Ética da Câmara, com espaço de menos de um dia entre a apresentação das denúncias individualizadas e os sorteios dos relatores, em 31 de maio.

Ao mesmo tempo, quatro denúncias apresentadas logo no início da legislatura contra parlamentares acusados de envolvimento nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro permanecem paradas no mesmo colegiado.

“Sabemos que o plano de fundo é perseguição política escancarada: estamos falando de mulheres combativas, que denunciam aquilo que é necessário denunciar, como o genocídio dos povos indígenas e os ataques à democracia”, afirmam as deputadas no manifesto em defesa de seus mandatos através da campanha nacional “Elas Ficam”.